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Curso de Engenharia de Petróleo
Fortaleza, sexta-feira, 19 de abril de 2024
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Avaliação de Formação Imprimir
A engenharia de avaliações é um ramo da engenharia que realiza estudos e atividades visando avaliar qualitativa e quantitativamente o potencial de uma jazida petrolífera, ou seja, a sua capacidade produtiva e a valoração das suas reservas (óleo e gás). As atividades referentes à Avaliação da Formação são o Teste de Formação e a Perfilagem.
 
Avaliação de Macro-Estruturas:
A avaliação de macro-estruturas é a parte que antecede á perfuração de poços e também à fase da Avaliação da Formação, visto que essa última somente acontece após a perfuração do poço. A avaliação de macro-estruturas é compreendida principalmente pela:
 
  • Geologia de Superfície: realiza o mapeamento de rochas que afloram na superfície.
  
  • Gravimetria: utiliza a medição dos valores da intensidade do campo magnético na Terra.

  • Magnetometria: tem como objetivo medir pequenas variações na intensidade do campo magnético terrestre.

  • Sísmica: consiste em analisar a propagação de ondas sísmicas através das rochas de subsuperfície que se deseja conhecer. As etapas de investigação do subsolo através do método sísmico se dá então através de três etapas, que são a aquisição de dados sísmicos, o processamento dos dados adquiridos e a interpretação.
 
Propriedades da Formação:
As propriedades da formação consistem nos parâmetros que devem ser levados em consideração no estudo da Avaliação da Formação. Os parâmetros da formação (reservatório) são os seguintes: Compressibilidade, Permeabilidade (K), Transmissibilidade, Dano / Skin, Vazão de Fluidos(q), Índice de Produtividade (IP), Descontinuidades, Volume de Óleo e Extensão da Jazida, Pressão estática (PE).
 
Teste de Formação:
Os Testes de Formação correspondem a uma completação provisória do poço com o objetivo de identificar os fluidos, determinar os parâmetros de reservatório associados à produtividade e avaliar a extensão da jazida.
 
Os objetivos do Teste de Formação são os seguintes:
 
  • Identificação de Fluidos
  • Pressão Estática
  • Permeabilidade
  • Transmissibilidade
  • Dano e Skin
  • Vazão de fluidos
  • Produtividade
  • Descontinuidades (Falhas, Barreiras de Permeabilidade, etc)
  • Extensão do Reservatório / Volume de hidrocarbonetos
 
O Teste de Formação consiste basicamente em isolar o intervalo a ser testado através de um ou mais obturadores (packer), estabelecer um diferencial de pressão entre a formação e o interior do poço, forçando os fluidos da formação a serem produzidos, promover, através da válvula de fundo, períodos de fluxo (com medições de vazões de produção na superfície, se for o caso) e de estática e registrar continuamente as pressões de fundo em função do tempo durante o teste. A análise dos dados coletados durante um teste de pressão possibilita a avaliar o potencial produtivo da formação testada.
 
Perfilagem de Produção:
A perfilagem de produção é feita através de perfis corridos após a descida do revestimento de produção e completação inicial do poço, visando determinar a efetividade de uma completação ou as condições de produtividade (ou injetividade) de um poço.
 
  • Production Logging Toll (PLT): A ferramenta PLT de perfilagem possui os seguintes perfis: Continous Flowneter, Gradiomanômetro, Perfil de Densidade, Hidrolog e Perfil de Temperatura.

  • Thermal Decay Log (TDT): O TDT é utilizado para traçar um perfil qualitativo das saturações dos fluidos existentes no reservatório. Em outras palavras, determina os contatos óleo-gás e óleo-água.
 
 
Fonte: Texto produzido pelos alunos da Primeira Turma do Curso de Engenharia de Petróleo da UFC com base nos livros " O Universo da Indústria Petrolífera- Da Pesquisa à Refinação", de José Salgado Gomes. Fundação Calouste-Gulbenkian, Portugal, 2ª Edição, 2011 e "Fundamentos de Engenharia de Petróleo", de José Eduardo Thomas. Editora Interciência, 2001.